A partir do registro de sua gravidez frustrada, a diretora Eliza Capai conversa com outras mulheres que tiveram vivências parecidas à sua, criando um potente e tocante coral de vozes que refletem sobre temas universais: vida, morte, luto e políticas públicas que nos afetam.
Uma viagem irresistível pelo universo do cantor e compositor que revolucionou a canção no Brasil e influenciou gerações de músicos, abrindo caminho para Bossa Nova e a Tropicália. Traduzindo sensorialmente os versos de Caymmi, o filme passeia pela atmosfera vibrante dos pescadores baianos, as referências de raiz africana, a religiosidade e espiritualidade no candomblé, e suas histórias de amor.
Máquina do Desejo é um filme construído a partir do precioso acervo audiovisual da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona que, em seus mais de 60 Anos, transborda o palco e penetra na história do Brasil. Um mergulho nas entranhas criadoras das várias formações da indomável companhia e de sua sede, foco de resistência e reexistência que faz da liberdade de criação uma conquista irreversível.
Para onde voam as feiticeiras acompanha a deriva de encenações e improvisos de sete artistas pelas ruas do centro de São Paulo em uma experiência cinematográfica que torna visível a persistência de preconceitos arcaicos de gênero e raça no imaginário comum. No centro desta narrativa polifônica está a importância da resistência política através das alianças de luta comum entre coletivos LGBTQIA+, negritude, indígenas e trabalhadores sem teto.
João, cineasta de classe média, passa por uma série de encontros com pessoas como Irene, sua amiga de longa data; Álvaro, seu namorado; Matias, um rapaz que vê no metrô e com quem se envolve sexualmente, entre outros conhecidos e desconhecidos. Esses encontros o afetam e revelam aos poucos um jogo de tempos que mistura vida e processo de criação, presente e memória.
Para’íconta a história de Pará, menina guarani que encontra por acaso um milho guarani tradicional, que nunca havia visto e, encantada com a beleza de suas sementes coloridas, busca cultivá-lo. A partir dessa busca ela começa a questionar seu lugar no mundo, quem ela é, por que fala português e não guarani, por que é diferente dos colegas da escola, por que seu pai vai à igreja Cristã, por que moram numa aldeia tão perto da cidade, por que seu povo luta por terra.
Clara enfrenta o medo e a vulnerabilidade criando um mundo onde ela se sente capaz de controlar tudo, até privar-se de alimento. Mas uma vida feita de restrição e tortura pode aparentar o seu contrário e ser extremamente sedutora. Até que esse delírio aprisionante se rompa, a menina levará seu corpo até o limite.
Nascida no interior do Mato Grosso do Sul, Alzira E começou a carreira musical com seus irmãos, Tetê e Geraldo Espíndola, até emigrar para São Paulo nos anos 80, onde construiu uma sólida carreira como compositora e intérprete com parceiros como Itamar Assumpção e Ney Matogrosso. Hoje, aos 65 anos, Alzira lidera uma banda de rock.
Uma linha geopolítica improvável entre a pequena aldeia húngara de Nagyvárad e a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira. Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos Yanomami.
Acompanhando o processo de composição do segundo disco de Mateus Aleluia, o filme se lança na construção de um imaginário em torno da obra e da vida do artista. Dialética de partidas e chegadas, o filme articula a obra musical de Mateus com sua memória afetiva tecendo uma delicada trama que conecta distintos lugares e temporalidades.
Documentário histórico que resgata a era de ouro da noite gay paulistana, fazendo uma viagem pelas décadas de 1960, 70 e 80 – a bordo das lembranças de testemunhas do período, trazendo à tona as casas noturnas que marcaram época, as estrelas, as transformistas, os heróis, e até os vilões: a ditadura militar e a explosão da aids.
Direção, roteiro e produção: Lufe Steffen Uma produção Cigano Filmes
Após se tornar vítima de uma violenta desocupação ocorrida no Parque Oeste, em Goiânia, uma mulher luta para reconstruir sua vida. Ela enfrenta até hoje as mazelas causadas pela ação brusca dos policiais.
Em 2012, a diretora francesa Oriane Descout abandonou sua vida de classe média na Europa para encontrar seu destino a 9.000 km de distância. Ao longo de uma jornada de 7 anos, registrou os desafios enfrentados e descobriu um novo estilo de vida: rural, coletivo, autogerido, anticapitalista, sustentável e ecológico. No Brasil, conheceu seu companheiro e realizou seu maior sonho – um utópico “Castelo de Terra”.
Cinco mulheres passam seus dias encarceradas na Cadeia Pública de Franca, no interior de São Paulo. Enquanto tentam conviver em confinamento, elas refletem sobre o sistema que as aprisiona, falam sobre suas histórias e sonham com um futuro.
A trajetória histórica do vírus HIV e da AIDS no imaginário brasileiro, desde a epidemia que tomou o mundo e deixou milhares de vítimas nas décadas de 1980 e 1990, até os dias atuais. Através de entrevistas com médicos, pessoas que vivem com o vírus, ministros, personalidades e representantes de movimentos conscientizadores sobre a epidemia, o diretor André Canto propõe uma reflexão sobre a evolução dos tratamentos e os desafios e estigmas ainda enfrentados por portadores de HIV.
Para os Yanomami, estar doente é ter sua imagem agredida. Para resgatá-la, os xamãs fazem seus rituais de cura. Mas para os enfermeiros que chegam às aldeias, as doenças e os remédios são outros.
Três atrizes brasileiras partem em busca do sonho de se tornarem estrelas em Bollywood, polo de cinema indiano. O choque com a nova cultura, no entanto, provoca uma reflexão a respeito de seus sonhos, valores e crenças..
Direção, Roteiro e Fotografia: Beatriz Seigner Elenco: Paula Braun, Nataly Cabanas, Lorena Lobato, Mohana Krishna, Nithin Nair, Parmeshwaran Música: Lorena Lobato, R. Raghavendra Edição: Renata Maria Produção: Miríade Filmes, Cinepro, Rattapallax
Em 1860, um aventureiro francês de 35 anos partiu para Araucanía, uma região inóspita no sul do Chile, com o intuito de fundar um reino. Ele partiu com o aval do chefe indígena da região, Mañil. Porém, ao chegar, descobre que este morreu. Sem seu apoio, é preso pelo governo chileno, que vê no estrangeiro um perigo, e tem que justificar sua viagem para não ser preso e exilado.
Festivais: Festival de Rotterdam 2017 (Menção Especial do Júri) Festival de Toulousse do Cinema Latinoamericano 2017 (Melhor Filme) FICUNAM 2017 (Prêmio do Público) 6° Olhar de Cinema de Curitiba 12° Festival de Cinema Latinoamericano de São Paulo Panorama Coisa de Cinema de Salvador 2017